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PLANEJAMENTO REVERSO E METAVERSO NAS ESCOLAS

Os impactos e o uso a favor dos estudos do dia a dia escolar

Por Juan Alejandro

Com o auditório lotado na sede do Sieeesp, o evento presencial da manhã desta terça-feira foi um sucesso. As duas especialistas Helena Leitão e Priscila Boy falaram sobre o futuro das escolas e do ensino no metaverso e planejamento reverso.

 

O futuro do trabalho e da internet passa pela Web 3.0, trazendo uma série de desafios e a necessidade de adaptação para profissionais das mais diversas áreas. Por uma perspectiva empreendedora, que busca sempre olhar para as oportunidades na inovação. Neste momento podem estar se formando as bases de novos modelos de negócios e soluções com potencial, até mesmo, superiores aos vistos nas últimas décadas.

 

Futuro da Web:

- Metaverso;

- Inteligência Artificial;

- Realidade Virtual;

- Internet das coisas;

- 5G;

Segundo a autora do livro “Metaverso Educacional de Bolso” Helena Leitão o metaverso é um mundo virtual que tenta replicar a realidade, com foco em conexões sociais. Com isso, na educação propõe experiências cada vez mais imersivas, aproximando o mundo físico e o virtual. “Os alunos irão além do contato com o conteúdo, pois passarão a fazer parte dele e a interagir com ele ativamente. Essa tecnologia deve promover ainda mais o protagonismo no processo de aprendizagem”, observa Helena.

A especialista ainda diz que daqui 10 anos famílias vão querer visitar escolas no metaverso; alunos irão estudar no metaverso; a escola precisará focar na formação dos professores; novas profissões surgiram por conta do metaverso; marketing digital deverá ser prioridade e surgirão novas possibilidades de negócio para as escolas.

 

Planejamento reverso e avaliação por evidências

Ao analisarmos o desafio de construir planejamentos que tenham como elemento norteador as habilidades, competências específicas e competências gerais da BNCC, a proposta de planejamento reverso torna-se um caminho viável, uma vez que não deixa desviar da rota.

Segundo a pedagoga, Priscila Boy o planejamento reverso tem como fundamentação a ideia de “começar pelo fim”, ou seja, o que os alunos compreendam ao final da experiência de aprendizagem para, a partir daí, realizar todo o planejamento da ação pedagógica.

 

 

"Dar aula com resultado dá o mesmo trabalho que aula sem resultado"

De maneira geral, a proposta de planejamento reverso envolve as seguintes etapas:

- Identificar os resultados desejados, por meio da elaboração das Big ideas. Desenhar quais são as Big ideas, para além de apenas transcrever as competências e habilidades da BNCC, por exemplo, é um desafio. O educador tem que ter como foco conceitos, princípios, teorias e processos centrais que devem servir como ponto focal dos currículos, do processo e da avaliação. As Big ideas fornecem uma base para a definição de prioridades curriculares.

- Determinar evidências aceitáveis significa pensar no acompanhamento do processo, por meio de avaliações reguladoras que farão parte do percurso metodológico que será desenhado para que se atinja a prioridade curricular, a Big ideas. Esse desenho de evidências deve ser claro o suficiente para que todos os envolvidos tenham condições de saber o que se espera deles durante o processo. Avaliar por rubricas, tornar a aprendizagem visível, entre outras, são estratégias importantes a serem inseridas nesse desenho.

- Por fim, planejar as experiências de aprendizagem. Usualmente, começa o planejamento de um determinado conteúdo presente no livro didático ou no currículo, pensando no “plano de aula”: o que fazer primeiro, e depois, e depois. Deve-se pensar em sequências didáticas. Planejar de acordo com a ideia Reverso leva essa etapa para o final e, dessa forma, ela se torna muito mais rápida, pois o educador tem clareza de onde pretende chegar, o que precisa oferecer como experiências aos os seus alunos e como verificar se o que pensou, no início, foi alcançado.

Dentre as diferentes maneiras de se pensar uma aula, o planejamento reverso traz a vantagem de estimular a atitude investigativa nos estudantes.

 

Foto por Juan e Rony Siqueira

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