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3° WORKSHOP: “A DISLEXIA É UMA DIFICULDADE, NÃO UMA IMPOSSIBILIDADE"

Evento contou com mais de 10 palestrantes, dentre educadores, especialistas e doutores, e com mais de 3 mil visualizações no canal do SIEEESP

O 3° WORKSHOP DE DISLEXIA terminou ontem e foi um sucesso: mais de 1.900 inscritos e cerca de 3 mil visualizações até hoje no canal do SIEEESP no YouTube, e com 14 palestrantes no total, em diversos temas importantes voltados para a dislexia como: Dislexia e o processo de alfabetização; Desmitificando a dislexia em casa; Cérebro, emoção e aprendizagem na Dislexia, e Adaptação de prova na dislexia.

O SIEEESP em parceria com o Instituto Celia Godoy e Dislexia TDAH Amor de Mãe, realizaram pelo terceiro ano seguido, a 3ª edição do Workshop de Dislexia.

E no último dia da 3° SEMANA DE DISLEXIA, a psicopedagoga Fabricia Biaso falou sobre a Dislexia e o processo de alfabetização. Segundo ela é na alfabetização que podemos ver a dislexia emergir, em forma de dificuldades nos processamentos da linguagem. A criança começa a apresentar dificuldade em reconhecer, reproduzir, identificar e organizar os sons das letras. “A dislexia é uma dificuldade, não uma impossibilidade”, ressalta a especialista. E como estimular e trabalhar as habilidades cognitivas de crianças com dislexia?

  1. Atividades de percepção auditiva: ritmo, música.
  2. Atividade com rimas: a rima trabalha o som e a forma como ele é produzido e processado. Músicas, poesias e jogos trabalham a rima, uma das habilidades mais importantes no processamento da estimulação da consciência fonológica.
  3. Atividade com palmas: trabalhar batendo palmas para criança imitar, alternando o ritmo, do mais leve ao mais forte, desenvolve a percepção auditiva além de outras habilidades que trabalham a consciência fonológica.

 

Logo em seguida, a especialista e pedagogaEdimara Lima falou sobre os Disléxicos na sala regular e o que fazer?, e dá dicas para trabalhar a dislexia na escola. “A escola e os professores precisam buscar formas alternativas que resgatem o prazer de aprender do aluno com dislexia, que pode estar comprometido diante tantas dificuldades”. Atividades que trabalham a percepção auditiva são super importantes para ajudar as crianças com dislexia a perceberem o som e as formas das palavras, concluiu Edimara.

 

Já as mães Priscila Garrido e Solange Vasconcelos falaram sobre Desmitificando a dislexia em casa, onde elas relataram suas experiências como mãe de crianças dislexas. Priscila relata a experiência com os seus dois filhos, (um de 16 anos e outro de 20). Ela disse que quando foi percebendo o diagnóstico de seus filhos poucos trabalhos e informações são divulgados sobre a dislexia ao todo. “Eu me perguntava onde estão os outros com quais tinham as mesmas experiências que estou vivendo”. E com falta de informação sobre o ‘mundo’ da dislexia, Priscila se juntou com outras mães e pais para criar um grupo em Brasília de mães e pais de crianças dislexas. Segundo Solange, “muitas famílias chegam a situações desesperadas e não sabem o que fazer e nem para quem recorrer”, diz Solange.

 

Práticas no ensino fundamental para alunos com dislexia, com Maria Angela fonoaudióloga e psicopedagoga e a Maria Inez especialista e psicóloga falaram sobre orientações para trabalhar em sala de aula com os alunos com dislexia. “Os disléxicos têm dificuldades com a leitura, bem como na escrita e soletração, e muitas vezes os alunos precisam reler o conteúdo de livros didáticos ou apresentações realizadas por professores em aula, o que leva mais tempo do que um aluno que não seja disléxico”, diz Angela. Outros podem misturar informações e não ter clareza na expressão quando respondem a perguntas de avaliação por escrito, demoram a realizar provas porque precisam de tempo extra para entender as perguntas e até há casos em que cometem erros simples por conta do processamento diferenciado.

Dessa maneira, repensar as atividades para alunos com dislexia é uma forma de incluí-los de forma mais produtiva no ambiente de estudos, o que não só faz com que retenham melhor o aprendizado, como contribuam para a difusão de informações em sala.

 

E, para fechar a noite, a professora e doutora em neurologia, Sylvia Ciasca, falou sobre a dislexia em si, considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. “Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas”, diz a doutora Sylvia.

Ao final do evento, a coordenadora do Departamento de Cursos do SIEEESP, Regina Stefano, e as professoras Celia Godoy e Samantha Oliveira reforçaram junto com a especialista Sylvia Ciasca, a grande oportunidade para refletir, dialogar e aprender mais sobre a dislexia neste Workshop, visando contribuir para o universo escolar.

 

O 3º WORKSHOP DE DISLEXIA, foi uma realização do SIEEESP em parceria com DISLEXIA TDAH AMOR DE MÃE e o Instituto Célia Godoy.

O evento foi transmitido pelo canal do SIEEESP no YouTube e pode ser acessado no mesmo: https://www.youtube.com/@SIEEESPoficial/streams

E pelo canal do DISLEXIA TDAH AMOR DE MÃE no YouTube: https://www.youtube.com/@dislexiatdahamordemae5587/streams

 

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