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Suspensão do Novo Ensino Médio: o que pode mudar com a medida

Portaria do MEC publicada hoje revogou os prazos de implantação do Novo Ensino Médio. Segundo Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp, “é preciso parar de mudar a política educacional a cada mudança de ministro. Qualquer resultado de uma política educacional somente será conhecido depois de uma geração"

Um dos assuntos que têm preocupado alguns gestores e mantenedores de escolas privadas nas últimas semanas é a possível suspensão do Novo Ensino Médio. Entretanto, o que o Ministério da Educação (MEC) [o ministro já anunciou a suspensão do cronograma de implementação desse novo modelo, que tem sido alvo de críticas por parte de associações educacionais e por alguns movimentos estudantis].

Na prática, apenas adiaria o processo de adaptação do Enem, sem paralisar a implantação do novo modelo do Ensino Médio, que passou a ser adotado pelas escolas públicas e particulares em 2022.

Sendo assim, as instituições de ensino devem seguir normalmente o planejamento, cumprindo a carga horária já estabelecida e com os horários itinerários flexíveis já definidos, conforme as diretrizes previstas pela lei da reforma do ensino médio.

Entidades refletem sobre suspensão do Novo Ensino Médio

Diante tantas polêmicas sobre a suspensão do Novo Ensino Médio, Bruno Eizerik, presidente da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares), ressalta a importância de existir no Brasil uma continuidade nas políticas educacionais.

“A lei que institui o novo Ensino Médio é de 2017, mas esse assunto vem sendo discutido há mais de 30 anos pelo setor educacional. Infelizmente, parece que nós estamos transformando uma questão educacional em política. Precisamos, em nosso país, de políticas perenes, que tenham continuidade”, destaca.

Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp (Sindicato das escolas particulares de São Paulo), compartilha a mesma opinião. “É preciso parar de mudar a política educacional a cada mudança de ministro. Qualquer resultado de uma política educacional somente será conhecido depois de uma geração. No Brasil, trocou o ministro troca a política educacional, por isso estamos tão atrasados em relação aos países que realmente implementam uma política educacional e vão até o fim”, reforça.

Para Eizerik, não há razão pedagógica para que ocorra a revogação completa do Novo Ensino Médio. “Isso não quer dizer que o processo não possa sofrer avaliação e propor melhorias. Quando falamos em educação, sempre podemos melhorar mais um pouco. Mas não parar o processo”, pontua.

 

Link da matéria: https://escolasexponenciais.com.br/exnews/suspensao-do-novo-ensino-medio-o-que-pode-mudar-com-a-medida/

 

Imagem: freepik

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