Violência, ansiedade e depressão: veja como países levam programas de saúde mental às escolas
Levantamento do Vozes da Educação considerou iniciativas nacionais e de lugare como Canadá, Finlândia e Chile
A consultoria de inteligência educacional Vozes da Educação realizou um levantamento sobre os programas que cuidam da saúde mental nas escolas de todo o mundo. Confira a seguir as medidas tomadas por diferentes países, como Canadá, Finlândia e Chile.
O Canadá possui os programas Saúde Mental Escolar de Ontário e Saúde Mental na Estratégia Escolar, ambos sob responsabilidade do Ministério da Educação. Além deles, a iniciativa privada financiada pelo governo Saúde Mental das Crianças em Ontário também mira a educação mental escolas. Todas buscam prevenir crises e recuperar a saúde mental dos alunos, envolvendo pais, responsáveis e professores.
O Chile possui dois planos do Ministério da Saúde: o Plano Nacional de Saúde Mental e o SaudavelMente envolvem toda a sociedade chilena. O programa Habilidades para a Vida tem os mesmo objetivos, mas com foco em alunos da pré-escola ao ensino médio. Pais, responsáveis e professores também participam. O Programa Nacional de Prevenção do Suicídio é outra ação voltada principalmente para crianças e adolescentes.
A Estratégia Nacional de Saúde Mental e Bem-Estar Infantil e o Programa Be You são duas iniciativas do governo da Austrália que buscam prevenir crises e recuperar a saúde mental. Com foco em crianças de zero a 12 anos e em estudantes de até 18 anos, respectivamente, as ações contam com a participação da sociedade.
Na Finlândia, uma lei aprovada em 2014 determina que o governo deve garantir o bem-estar dos estudantes, considerado essencial para o aprendizado. Com o envolvimento dos pais no projeto, foram criados sistemas de apoio psicológico também no ensino superior.
Os Estados Unidos possuem alguns programas regionais: o Projto Cal-Well, na Califórnia, a Política de Saúde Mental da Carolina do Norte e a Iniciativa de Saúde Mental do Wisconsin. As iniciativas são de responsabilidade do departamento de educação de cada estado.
A Reach, Rede de Bem-Estar Mental para Jovens, é uma ação do governo voltada para crianças e adolescentes de Cingapura. O programa implementa uma série de medidas nas escolas, nos locais de trabalho e na comunidade para estudantes com dificuldades emocionais, sociais ou comportamentais, como TDAH, ansiedade e depressão.
A Política de Saúde Mental e Bem-Estar em escolas e universidades é o programa do Reino Unido que promove a prevenção de crises de saúde mental dos estudantes da pré-escola ao ensino médio. A iniciativa é realizada por meio da formação de professores, atendimento a estudantes, materiais pedagógicos e contratação de conselheiros escolares para atendimento psicológico.
No Brasil, iniciativas diversas espalhas por diferentes estados têm como foco a saúde mental nas escolas. Elas são direcionadas a alunos e à preparação de professores e outros profissionais dentro das instituições de ensino.
As principais ações brasileiras são: o Programa V.I.D.A. (em Londrina, no Paraná), com foco na educação infantil, no ensino fundamental e na educação de jovens e adultos; o Corações e Mentes, com interações online e offline para professores da educação básica; e o Ame Sua Mente, organização do terceiro setor com foco em professores do ensino médio .
Também existem iniciativas locais, como a da Secretaria Estadual de Educação do Ceará, que promove uma formação em competências socioemocionais para professores e gestores do ensino médio. A prefeitura de Mogi das Cruzes, em São Paulo, montou um grupo de psicólogos para o retorno das aulas em 2021, após isolamento durante a pandemia do Covid-19. Já a Coordenadoria Psicossocial e Educacional de Caruaru, em Pernambuco, é responsável pelo atendimento de alunos e professores .
Outra iniciativa é o programa educacional Laboratório Inteligência de Vida, que ajuda estudantes a conhecer seus sentimentos e desenvolver habilidades para a vida. Criada em 2018, a ação foca alunos da educação infantil ao ensino médio.
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