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Reforma alivia tributação para alimentos, mas fere educação, diz pesquisa; veja impacto por setor

Estudo do banco Santander compara o cenário atual com a possibilidade de adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de 25%

Um levantamento que compreende 15 diferentes setores da economia mostrou que empresas de alimentos e bebidas seriam, proporcionalmente, as mais beneficiadas pela reforma tributária, enquanto as de educação seriam as mais feridas.

O estudo do banco Santander compara o cenário atual com a possibilidade de adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) de 25%. Considerando a totalidade dos setores pesquisados, a carga tributária não teria alteração, se mantendo em 9% da receita bruta das empresas — mas o impacto é particular dentro de cada área.

O setor de alimentos e bebidas receberia carga três vezes menor (de 9% a 3% da receita bruta). Entre os setores beneficiados estão Tecnologia, Mídia e Telecomunicações (de 29% a 12%), o varejo (de 13% a 7%) e o agronegócio (de 7% a 4%).

Educação, por sua vez, teria carga quatro vezes maior (de 3% a 12%). Outros dos setores feridos pela reforma — segundo o levantamento — seriam mineração (de 5% a 12%), investimentos imobiliários (de 9% a 16%), instituições financeiras (de 7% a 13%), saúde e transportes (ambos de 6% a 11%).

O levantamento considerou a receita bruta das empresas em 2023. Foram subtraídos os gastos com custo do produto (COGS) e as despesas operacionais (SG&A) e adicionados gastos com pessoal. Incide sobre o resultado o IVA de 25% para estimar o impacto da reforma.

Setores pedem exceções ao IVA

O estudo considerou 114 empresas de 15 setores. Há especificidades que não são captadas pela pesquisa, por exemplo, a possibilidade de áreas receberem os chamados “incentivos fiscais” por parte do governo.

O secretário extraordinário de reforma tributária, Bernard Appy, disse na última segunda-feira (8) que, caso sejam inseridas exceções a setores específicos na reforma tributária, será necessário aumentar a alíquota básica do IVA.

“O que eu tenho colocado no Congresso é: quanto mais exceções tiver, maior vai ter que ser a alíquota básica, para poder manter a arrecadação com proporção do PIB. A decisão sobre quais vão ser os tratamentos diferenciados é do Congresso. Nossa função é explicar os prós e os contras e o custo de diferentes alternativas”, disse Appy.

 

Link da matéria: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/reforma-alivia-tributacao-para-alimentos-mas-fere-educacao-diz-pesquisa-veja-impacto-por-setor/#:~:text=O%20setor%20de%20alimentos%20e,de%203%25%20a%2012%25).

 

Imagem: pixabay

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