SIEEESP - Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo

3º Workshop de Ludicidade: a importância da educação inclusiva e do acolhimento

Evento do Sieeesp tem seu último dia hoje. Participe!

Na cerimônia de abertura do 3º WORKSHOP DE LUDICIDADE: INCLUSÃO EM ‘TEMPOS DE ACOLHIMENTO’, evento do Sieeesp em parceria com o Instituto Celia Godoy e o Dislexia TDAH Amor de Mãe, a coordenadora do Departamento de Cursos do Sieeesp, Regina Stefano, a profª. Celia Godoy e a profª. Samantha Oliveira falaram sobre a importância de discutir a ludicidade na inclusão. “É preciso que nós, enquanto adultos, educadores e mediadores, tenhamos a paz, calma e o cuidado necessário para acolher a nós mesmos e as crianças”, ressaltou Celia.

E, na primeira palestra do dia, o professor Marcelo Serralva abordou o tema Ludicalização: o lúdico e a inclusão em movimento, ainda pouco debatido e com a proposta de aplicar todo esse aprendizado na sala de aula com as crianças. A ludicalização é composta de práticas com música e movimentos, tais como jogos e brincadeiras, jogos de dedos e mãos, construção de instrumentos com materiais recicláveis, criações de canto da nossa rotina diária. E tudo isso traz muitos benefícios para as crianças, como, por exemplo:

Criatividade;

Lateralidade;

Trabalho em grupo.

Incluir para brincar ou brincar para incluir? A professora e doutora Fabrícia Biaso ressaltou a importância de criar espaços e atividades acessíveis e acolhedora a todos. Além de adaptar ambientes e os jogos e as maneiras de brincar para que se inclua a todos. “Também é de importante atenção a compreensão das diferenças e a interação e trocar de vínculos entre as crianças nas brincadeiras”, observa.

Já a professora Ana Lúcia Machado falou sobre o tema Círculos em movimento de ludicidade e inclusão, através de seu movimento e interação com o mundo, junto com uma ação com fins pedagógicos e psicológicos que utiliza os parâmetros da educação física a fim de melhorar o comportamento da criança com seu corpo. “Independentemente da idade, a interação é fundamental no processo de aprendizagem. A criança precisa interagir com os colegas, os professores e a família e, para isso, é preciso estabelecer comunicação, tanto verbal quanto não verbal, através dos gestos. É indispensável trabalhar o desenvolvimento psicomotor com as crianças para que elas possam elaborar melhor seus movimentos e tudo que se refere ao seu entorno”, ressalta a professora.

A especialista e professora Veronica Cruz, ao discorrer sobre a Neurociência e música como expressão lúdica na educação e inclusão, explicou que de um lado está a neurociência, que trata da objetividade dos dados e dos sinais que mapeiam o funcionamento cerebral. De outro, está a música, “que não pode ser entendida sem levarmos em conta a subjetividade, o envolvimento lúdico e a transitividade que caracterizam a arte”. Quando escutamos música, nosso batimento cardíaco, nossa frequência respiratória e nossos ritmos elétricos cerebrais mudam conforme o ritmo e a melodia. Em outras palavras, “dançam conforme a música”. Ela não apenas é processada no cérebro, mas afeta seu funcionamento. E os benefícios em potencial da mais emocional das artes não param por aí: a música intensifica também as capacidades linguísticas.

SocioemocionArte: inclusão lúdica e afetiva,no qual a professora Paty Fonte falou sobre a importância do desenvolvimento socioemocional na Educação Infantil. Ter habilidades socioemocionais desenvolvidas diz respeito a reconhecer as próprias emoções e aprender a gerenciar esses sentimentos na arte de conviver em sociedade, algo que deve começar desde os primeiros passos. “É válido ressaltar que, para atingir o objetivo de estimular as habilidades socioemocionais nas crianças, é preciso contar com um trabalho direcionado”, ressalta a professora.

Já no ultimo tema do dia, a professora e especialista Samantha Oliveira falou sobre TDAH: brincar em família para fortalecer vínculos e desenvolver habilidades. E para isso é fundamental estimular as crianças a brincarem, não só pela recreação, mas porque nas brincadeiras elas aprendem habilidades que são importantes para o seu crescimento. Desde que nasce, a criança se relaciona com o mundo, sendo a família o seu primeiro contato social. Nas brincadeiras em família ela desenvolve várias capacidades: a linguagem, as motoras, as cognitivas e as afetivas. ” Quando a família brinca com a criança está cooperando para o seu desenvolvimento pleno e saudável. Nas práticas educativas, as brincadeiras em família desempenham uma função de estreitamento das relações e ensinam às crianças a controlarem e terem domínio das situações rotineiras, observa.