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‘3º Workshop de Ludicidade’ se encerra com mais de 5.900 participantes

Após dois dias de debates com especialistas e educadores, evento do Sieeesp mostrou a importância e como a ludicidade é uma poderosa ferramenta para a educação inclusiva no dia a dia das escolas

Com mais de 960 inscritos e cerca de 1.300 mil visualizações no canal do Sieeesp no YouTube, e com 15 palestrantes no total, em diversos temas voltados para a importância da ludicidade e a inclusão para a criança, o 3º WORKSHOP DE LUDICIDADE: INCLUSÃO EM ‘TEMPOS DE ACOLHIMENTO’ terminou hoje, com um saldo extremamente positivo para escolas, educadores e toda a comunidade escolar. E a novidade deste ano foi que, para quem fez a inscrição e assinou a lista de presença nas lives, recebeu gratuitamente dois e-books sobre a inclusão e ludicidade.

 

O professor e mestre Givanilson Soares falou sobre a importância dos Recursos sonoros: criatividade, protagonismo e inclusão. Ao incentivar o professor a criar formas de trabalhar com ela mesmo que ele não toque nenhum tipo de instrumento, “trabalhando inclusive com a inclusão do próprio professor em sala de aula”, não só das crianças na música, tenham elas algum tipo de deficiência ou não.

Dessa forma, a criação de recursos lúdicos gera um atrativo à parte não só para as crianças na aula em si, como também auxilia no trabalho de acolhimento e educação das crianças com deficiência. Os fantoches sonoros são um exemplo disso. Tem todo um apelo visual para atrair e despertar o interesse da criança, o que leva a uma contação/criação de uma história em cima do personagem/recurso, diz o professor.

 

A criança autista deve ser estimulada a aprender de uma forma natural e efetiva – e as intervenções lúdicas contribuem para isso, além de ajudá-las a interagir socialmente, a melhorar a linguagem e diminuir os comportamentos restritivos e repetitivos, diz a mestre e professora Patricia Fontes que dissertou sobre o Lúdico e o desenvolvimento integral dos estudantes com TEA, no qual o objetivo é fazer a criança perceber que se relacionar é importante, e com isso melhoram as habilidades sociais. Vale destacar que a criança tem o direito de brincar e usar as atividades lúdicas como um instrumento que potencializa o processo de aprendizagem, ressalta.

 

A mestre e especialista Divani Albuquerque Nunes reforça a importância de Jogos Lúdicos: acolher e incluir, de que as brincadeiras estão diretamente ligadas ao desenvolvimento de diversas habilidades, que vão desde aspectos como criatividade, imaginação e sociabilização até competências como coordenação motora, linguagem e raciocínio lógico. Por definição, os jogos lúdicos são aqueles que proporcionam prazer e diversão, enquanto os pedagógicos são criados para promover aprendizagens específicas. O ideal é conseguir combinar os dois aspectos, fazendo com que as crianças possam se divertir e aprender ao mesmo tempo, diz a mestre.

 

No qual, através do brincar a criança descobre outras maneiras de perceber o mundo a sua volta, aprende organizar seus pensamentos, sentimentos e desenvolve a percepção do mundo e de si mesma, diz a psicóloga e especialista Cinthia Catellan falou sobre as Contribuições da Neurociência sobre o estimulo lúdico na aprendizagem e tratamento da dislexia, mas é importante ressaltar também a importância da intervenção de um adulto, seja ele os pais ou os educadores, pois a criança quando nasce não sabe como se brinca, o que é brinquedo e como utilizá-lo.

O brincar deve ser muito valorizado no ambiente escolar, pois é a parte que mais interessa à criança, quando o aprendizado vem através de uma brincadeira se torna mais significativo para ela, pois fica ligado diretamente com o prazer e com isso há uma maior facilidade de assimilação com o brincar e o aprender. “A criança é espontânea e o seu modo de brincar não é diferente, ela brinca por prazer e vontade. Então, o professor tem que se apropriar dessa espontaneidade e promover um ambiente pedagógico dentro das limitações da criança, criando espaços, disponibilizando materiais e através disso fazer as mediações e intervenções”, observa.

 

Já a professora e especialista Regina Shudo explica A construção de uma escola inclusiva, um olhar e escuta para cada um e para todos: reconectando o essencial e a vida humana. Segundo a especialista, é comum os pais e educadores reclamarem da falta de tempo, e o brincar é colocado em segundo, terceiro e até quarto plano. “As consequências são graves para o desenvolvimento das crianças e, ao final, também da vida adulta”.

São prejudiciais aos alunos: sedentarismo infantil e juvenil, obesidade infantil, falta de destreza, crianças e jovens depressivos e uso de mais medicalização. A perspectiva inclusiva na educação envolve mudanças e modificações no conteúdo, abordagens, estrutura e estratégias, visando abranger todas as crianças na faixa etária adequada e com a convicção que é responsabilidade do sistema regular de ensino educar todas as crianças"

 

E se você perdeu alguma palestra do WORKSHOP DE LUDICIDADE, realização do Sieeesp em parceria com o instituto Celia Godoy e o Dislexia TDAH Amor de Mãe, acesse o nosso canal do YouTube e assista ao evento na íntegra.

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