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São Paulo ocupa 3ª posição no ranking de ensino no Brasil, diz Ideb

Apesar de São Paulo ter o maior PIB do País (R$ 2,7 trilhões), no setor educacional o Estado deixa a desejar, principalmente quando analisados os números  investidos em qualificação de profissionais da área

No dia 17 de novembro, o Estado de São Paulo anunciou ampliação de 60% o tempo destinado à aprendizagem de língua portuguesa e em 70% à matemática do Ensino Médio a partir de 2024, além de incluir aulas de geografia, história e física na 3ª série do Ensino Médio, bem como a introdução da educação financeira nas grades escolares. Ao RDtv, André Stábile, presidente fundador do Instituto Educacionista e membro efetivo do Movimento pela Base Nacional Comum Curricular, conta sobre as consequências da mudança do ensino que afetam crianças e adolescentes de todo o Estado.

Apesar de São Paulo ter o maior PIB do País (R$ 2,7 trilhões), no setor educacional o Estado deixa a desejar, principalmente quando analisados os números  investidos em qualificação de profissionais da área. “No geral é uma boa notícia, pois o Estado de São Paulo ainda não traduz o potencial que pode ter em educação qualificada no ranking do Ideb”, diz Stábile. São Paulo ocupa a terceira posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, atrás de Santa Catarina e Distrito Federal.

Como forma de suprir a qualidade de ensino que não se teve em virtude da pandemia do covid-19, Stábile diz que expor os estudantes a uma maior quantidade de horas nas duas matérias é de grande impacto na educação. “A pandemia afetou alunos que não tinham condições de estudar em casa, o que prejudicou o aprendizado de muitos jovens no Brasil, assim como os professores”, comenta Stábile. Apesar disso, o profissional afirma que outras resoluções devem ser tomadas para que haja de fato um aumento da qualidade de ensino, como mudança para o tempo integral em todas as escolas, formação de professores qualificados, mais tempo para alunos estudarem e material didático de qualidade.

A disciplina de educação financeira vem sendo planejada desde 2017, no governo Temer, onde seria implantado junto com o Novo Ensino Médio. Stábile reforça a importância da matéria voltar a ser pauta e o impacto nos lares brasileiros. “Os brasileiros não têm clareza do comportamento a finanças, tanto que famílias enfrentam problemas financeiros com dívidas, ocasionando desespero. Essa matéria vem para ensinar os alunos a como controlar o seu orçamento, como ajudar nas tarefas de casa, entender hábitos de consumo para reduzir contas de água e luz por exemplo, e principalmente, para reservarem dinheiro na poupança”, diz. Ainda reforça que o ensino parte do exemplo dos professores, onde a classe precisa ser educada para que mostre na prática aos alunos como devem ser aplicados os fundamentos da educação financeira.

Stábile defende que o projeto começa pelo professor, onde além de qualificação, medidas como destinar um educador a uma única rede de ensino potencializa a qualificação, onde cerca de 20% desses profissionais no Brasil se dedicam a mais de uma escola, enquanto que no exterior, 80% se dedicam a uma única rede, proporcionando vínculos com os alunos e qualidade de vida. “O professor é a peça-chave para que essa mudança seja de fato efetiva, onde um aluno que aprende com um professor qualificado, se dispõem a aprender cada vez mais”, diz.

 

Link da matéria: https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3354524/sao-paulo-ocupa-3a-posicao-no-ranking-de-ensino-no-brasil-diz-ideb/

 

Imagem: freepik

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